![Depressões, de Müller, Herta. Editorial Editora Globo S/A, tapa mole en português, 2010](https://http2.mlstatic.com/D_NQ_NP_978023-MLU50534848662_062022-O.jpg)
Depressões, de Müller, Herta. Editorial Editora Globo S/A, tapa mole en português, 2010
- Ano de publicação: 2010
- Capa do livro: Mole
- Gênero: Literatura e ficção.
- Subgênero: Ficção.
- Número de páginas: 168.
- Dimensões: 160mm largura x 230mm altura.
- Peso: 230g.
- ISBN: 9788525048349.
Sem estoque
Características principais
Título do livro | Depressões |
---|---|
Autor | Müller, Herta |
Idioma | Português |
Editora do livro | Editora Globo S/A |
Capa do livro | Mole |
Ano de publicação | 2010 |
Outras características
Quantidade de páginas: 168
Altura: 230 mm
Largura: 160 mm
Peso: 230 g
Gênero do livro: Literatura e ficção
Subgêneros do livro: Ficção
ISBN: 9788525048349
Descrição
Depressões (Niederungen), publicado em 1982, é a obra de estreia de Herta Muller, romena de língua alemã hoje radicada em Berlim. O cenário destas histórias é o Banat, região limítrofe da Romênia com a Hungria e a Sérvia, onde se estabeleceram colonos alemães desde fins do século XVII.
Uma jovem narra uma crônica de aldeia: a vida cotidiana de sua família, numa comunidade fechada que parece viver nos confins da Segunda Guerra Mundial até os anos 1980, quando o país vivia dentro dos parâmetros do socialismo, com cooperativas estatais de produção voltadas para o cultivo de milho e a criação de gado.
A atmosfera social é caracterizada pela ausência de amor, de alegria e de esperança. As crianças são educadas por meio de constante repressão e bofetadas. O convívio entre pai e mãe é tenso e rude. Ele costuma se embriagar, a espanca e a trai com outra mulher. Ela se refugia no choro. Os indivíduos e a coletividade em volta passam seus dias na rotina. Viver para eles é envelhecer, adoecer e esperar a morte. A percepção desse cotidiano desiludido é de uma concretude e precisão que lembram o estilo de Kafka.
Depressões não foi escrito para quem procura consolo ou palavras edificantes. Este livro escancara um cotidiano vazio e sempre igual, que os nossos programas midiáticos de diversão fazem de conta que não existe.
Texto de Willi Bolle
Professor de literatura alemã da
Universidade de São Paulo